quinta-feira, 16 de junho de 2011

INFOGRAFIA - DESENVOLVIMENTO

Eu e o Carlos optamos por trabalhar o tema do Desemprego. Tínhamos, inicialmente, ideias ambiciosas que tinham a ver com fazer um trabalho de comparação entre o desemprego em 1988 e o actual (anos que têm em comum a intervenção do FMI), tendo em conta variáveis como o desemprego por sexo, por faixa etária, por tempo de duração, por nível de escolaridade e, ainda, fazendo a ligação aos valores da emigração e imigração. Contudo, para além de ser um trabalho complexo, deparamo-nos com a inexistência de séries de dados fidedignas. Para algumas das variáveis não encontramos séries de dados completas. Como achamos que, embora este trabalho seja um exercício, é nossa obrigação, enquanto estudantes de comunicação/jornalismo, apresentar dados correctos e credíveis, optamos por uma análise menos ambiciosa mas que, contudo, trabalha dados correctos.
Assim sendo, fazemos, nesta ingofrafia, uma análise da evolução do desemprego de 1990 a 2010, tendo em conta os valores totais do desemprego, a sua divisão por sexos, a faixa etária da população desempregada, o seus nível da escolaridade e, finalmente, o tempo de duração. Mesmo assim, para os dados sobre o desemprego de acordo com a faixa etária e o nível de escolaridade, só conseguimos ter série de dados completas a partir de 1998. Todos os dados foram retirados do Pordata  e procuramos, sobretudo, tentar perceber que alterações constatmos, entre 1990 e 2010, no panorama do desemprego em Portugal.
Numa primeira análise verificamos uma alteração positiva e visível em todos os gráficos, no ano de 2000, com diminuição dos valores do desemprego e, a partir daí uma subida em flecha. Mas se olharmos com atenção, percebemos que existem inversões de tendência significativas. Por exemplo, o desemprego de longa duração é, em 2010, superior ao de curta duração (menos de um ano). Paralelamente a diferença entre o desemprego masculino e o feminino está a diminuir visivelmente, o que parece indicar que o sexo pode ser uma variável cuja importância tende a diminuir no momento de despedimentos. Sabemos que, tradicionalmente, uma mulher tem mais probabilidades de ser despedida do que um homem perante as mesmas curcunstâncias. O facto desta variável estar a diminuir, é, parece-nos um indicador positivo.
Também no que se refere ao nível de escolaridade é interessante observar que, apesar da ideia corrente que o desemprego de licenciados aumentou muito, verificamos que os números nos dizem que a evolução do desemprego na população com um curso superior é visivelmente inferior à da população com outros níveis de escolaridade.
No trabalho tivemos a preocupação de oferecermos uma informação visual clara e, apesar das diversas variáveis analisadas, bastante explícita.

Eis a nossa infografia:



Finalmente, para concluir o trabalho desenvolvido neste blog, gostaria de referir a importância que tiveram, para mim, pessoalmente, estas aulas. Tenho o curso de jornalismo, da antiga Escola Superior de Jornalismo do Porto, há 24 anos. Este regresso à Faculdade está-me a confrontar, todos os dias, com as minhas lacunas. Embora tenha exercido a profissão de jornalista estes anos todos, percebo como me acomodei ao que sabia e me fechei a novas formas de comunicar. O mais importante, para mim, nestas aulas, não foi, nitidamente, a aquisição de competências em manipular novas ferramentas (programas ou outras), mas sim a percepção de que comunicar implica uma atenção a todos os elementos que o termo implica e a capacidade de escolher a melhor forma de os transmitir, conseguindo que o receptor capte a mensagem no seu todo. Para esta consciencialização que tomei, muito contribuiram estas aulas, nomeadamente os materiais de apoio disponibilizados e sugeridos pelo professor. Cada trabalho, independentemente dos seus resultados, foi feito com muito empenho e as pesquisas feitas para os realizar ensinaram-me imenso.
Margarida Almeida