sábado, 19 de março de 2011

EU QUERIA QUE O MUNDO FOSSE ASSIM

Desenhos que retratam a magia do mundo, feitos de linhas, pontos, curvas e sorrisos.




Em cima: linhas, cores, direcção, mancha.... Um desenho a que o Daniel (3 anos) pôs o título de festa!

Ao lado: linhas e cores, proporções e um passeio com familiares.

Em cima: Pontos e linhas, quadrados, triângulos, círculos, cores. A casa, o carro, as flores e a chuva.

Ao lado: Uma árvore de Natal do tamanho da casa, um candeeiro ligado, porque é inverno. O mundo feito com um olhar descomplicado.

 Em cima: "Deve ser uma grande tempestedade", é o nome deste desenho, em que a casa encolheu, os candeiros balançam a chuva parece agulhas e o céu ficou preto.
Ao lado: Uma vaca, um cão e uma casa
E sempre triângulos, quadrados, pontos e o sol

 Em cima: Uma estação de tratamento de lixo, atrás uma lixeira que lança uma linha negra e incómoda de fumo. Ventoinhas voadoras e empregados sorridentes.

Ao lado: Um espectáculo de golfinhos, envolvidos pela água e pelas ondas. azuis apenas, claros escuros, em diferentes direcções e um golfinho saltitante.

 Em cima: o mundo de mãos-dadas, é apenas a família reunida no Natal. Todos contentes porque a estrela os protegia.

Ao lado: Uma casa parecida com a Casa da Música, diz o Daniel, porque as casas direitinhas são aborrecidas. A chuva são grossas gotas de água.

 Em cima: Nas férias fui ao Gerês e fiz grandes caminhadas.

Ao lado: O Outono é feito de castanho, texturas barulhentas e muitas folhas. Pedaços que sozinhos não são nada e juntos constroem um castanheiro da Índia.

Em cima: Um dia de Inverno com chuva, sol e flores. Pontos, pinceladas, traços e emoções.

Ao lado: O Michey, o Pateta e os sobrinhos. Cor em movimento.










PROPOSTA 1
CONCLUSÃO
Este trabalho foi feito em conjunto com o Carlos e enquanto eu procurava o invisível nos desenhos do Daniel ele encontrou-o em tudo o que nos rodeia. Pontos, linhas, cores, texturas, emoções. Quer as fotos dele (http://cecfdcv.blogspot.com/), quer os desenhos do meu filho, quando tinha 3/4 anos, mostram que o mundo é feito de elementos básicos e que nós apenas manipulamos, com maior ou menor sabedoria, esta matéria prima que tanto pode servir para nos deslumbrar ou horrorizar. Foi um exercício curioso, este, que o professor nos desafiou a realizar: olhar para o invísivel e ter a noção, de repente, que afinal o invísivel está representado em tudo de forma barulhenta.
Relativamente ao nosso quadrado e círculo, o que nos propusemos foi encaixar emoções tendo como ponto de partida dois contornos e alguns elementos básicos. A música que nos inspirou (Over The Rainbow) está intimamente ligado ao filme "O Feiticeiro de Oz" e à demanda de uma criança em busca da magia. É um tema que fala, obviamente, de esperança, de luz, de cor, de procura da harmonia tendo presente que depois da chuva, quando o sol brilha, o arco-íris aparece. É precisamente isso que nós quisemos expressar nas nossas imagens.

QUADRADO
Linhas que enquadram cores e tonalidades, mais frias em baixo, mais quentes em cima, a meio um arco-íris que começa a "derreter" porque a esperança superou o temor e o calor se espalha. Atrás do arco-íris, algures, o mundo procura o equilíbrio.

CÍRCULO

O arco-íris cobre toda a terra, o mundo é uma bola de cor, que pulsa de vida. A profundidade é o elemento mais marcante neste trabalho, juntamente com a cor. Enquanto que na imagem do quadrado procuramos criar uma narrativa linear, aqui (porque o círculo protege, unifica) pretendemos projectar movimento interno e externo.

QUADRADO E CÍRCULO
Quando o arco-íris se esvai, o céu fica mais iluminado. Paz, beleza, vida, transpiram do ambiente depois de uma tempestade. O mundo fica mais cheio, mais alto, maior.  A harmonia acontece quando há união, junção de formas e de emoções. Paz, beleza... magia.


  

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